quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

CHEGA...NÉ

A partir de um certo momento não podemos mais carregar os pais com a gente pela a vida a fora, eles ficam onde a gente os encontram quando alcançamos a consciência de qual é o lugar deles. É um assassinato cometido pelo o esquecimento, e de agora em diante não vou falar mais nada sobre o que sou ou quem eu serei...

VOU ASSUMIR MINHA POSIÇÃO DE OVELHA NEGRA....

SEM TITULO

A quem cabe contar essa história, essa cronologia intraduzível?
Alguém que ficou imóvel na posição do próximo passo
E o chão fez que não viu a intenção do pé.
Lugares
Espaços
Imóveis
São os anos que se cruzam, as vozes que ecoam no vazio
De um destino que se tece. Se escreve, se esquece,
Escreve muito, os dedos sangram,
E mais tarde encontra a própria face coberta de rabiscos.
Os anos rabiscaram as promessas do tempo
E o sujeito se virou para não ter que ver

terça-feira, 5 de agosto de 2014

O JOGO TA CADA VEZ MAIS FÁCIL, NUNCA ME SENTI TÃO LIVRE

A partir de um certo momento não podemos mais carregar nossos pais com a gente pela vida a fora, eles ficam onde a gente os encontrou quando alcançamos a consciência de qual é o lugar deles. É uma especie de assassinato cometido pelo o esquecimento.
Eu to procurando a presença de alguma coisa, mas o que há e a ausência total, um nada, a não existência de uma noção de um certo e errado. O homem procura compater um nada, a falta de sentido, de objetivo. Pra algumas pessoas a poir parte de um enterro é o fato de elas não serem capazes de sentir nada, nenhuma emoção. Se elas se aproveitassem disso elas seriam assassinas ? É possivel, mas não necessariamente. Um assassinato pode ter exatamente tatos motivos quanto um ato de bondade.
Tenho quase a certeza que sou uma versão atual do divino e do demoníaco, eu incorporo um principio dos dois. Quando eu corro; as vezes eu tento me equilibrar naquela linha que divide a pista e eu corro com dificuldade porque eu não quero pisar fora da linha, não quero pisar nem de um lado nem do outro, e ai eu imagino que essa linha é o topo de uma longa cadeia de montanhas e que pra direita ou esquerda existem abismos. Se você acredita que a vida se trata de uma linha desenhada em uma pista plana você fica calmo, seguro, mas se você pensar que você estar numa linha que divide dois abismos você começa a tremer porque você percebe que estar constantemente correndo perigo de vida. E eu tenho um problema de nascença; é que eu nunca esqueça o abismo, não sei se isso é divino, demoníaco ou humano. Só não posso esquecer quem eu sou, sou filha do nada, sou dura, fria, eu não sou como as outras pessoas, eu sou um monstro  disfarçada de ser humano

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Eu sou uma equação que não termina

 Eu sou a vítima da confiança tola, depositada nos cantos mascarados. Eu sou a poesia que tenta se redimir. Sou a letra atrapalhada na agenda, marcando palavras soltas e pensamentos deliberados. Eu sou como a lareira esquecida. Sou aquilo que você não vê. Sou a bebida que você se recusou a beber. O livro que você não comprou. Sou uma mercadoria sem prazo, sem demanda. Eu sou a minha alma em desconforto, mas também sou a catarse.
Sou uma palavra sem tradução, esperando entender a mim mesma, como uma bússola em busca do seu destino. Meu caminho sou eu quem faço, mesmo sem um puto no bolso e uma passagem de volta. Como o som de uma chaleira, anuncio que sou a minha própria chagada. Mesmo neurótica, minha razão é a minha única companheira. Andamos de mãos dadas, acompanhadas de caos. Eu sou amante de caos; nele vivo, dele não me retiro. Dele desfaço, nele me refaço. Por horas e horas me pergunto, não há mais dúvida. Se ao menos houvesse um sinal sobre a volta da dúvida, eu não poderia permitir. Eu sou o que acho que sou, e tudo aquilo que me propus a ser. Eu sou a minha própria criação, mesmo que não seja de grande valia. Eu vou me descobrindo, redescobrindo, recriando e redecorando. Como uma pintura velha, sedenta por novos pinceladas. Minha formação é um conjunto de retoques. Eu sou uma equação que não termina. As pessoas dizem, por livre e espontânea mentira, que minha personalidade os interessa. Se o interesse assim fosse verdadeiro, eles não tentariam tirar o pouco que tenho. Eu não sou nada. Eu nunca serei nada. Mas é justamente nesse nada que eu encontro tudo o que preciso.