sábado, 18 de março de 2017

What the fuck is that? : O Ciclo

     As vezes alguém te machuca tão feio que você não sente mais nada, até alguma coisa fazer você sentir de novo e tudo acaba voltando.Cada palavra,cada ferida,cada momento.
    E como você poderia entender de onde eu vim? Mesmo que você pergunte,mesmo que você escute.Você realmente não entende,vê ou sente,você
não andou pelos meus caminhos,você não viu o que eu já vi.
    Me nego a entender como um ser humano é capaz de gerar outro ser, consciente ou não e depois rejeita-lo(a) sem culpa,absolutamente nada,desprovido de qualquer sentimento. E não me vem com essa desculpa de que será melhor assim,que a coisa que ela pariu terá uma vida melhor com pessoas que iram amar - lo(a), e não vai ser negligenciado(a), que terá todo apoio possível. Pra mim isso soa como desculpa,vergonha ou culpa da pessoa ter gerado algo e que na verdade foi um erro casual,por essa coisa ter um peso enorme sobre si. 
    As pessoas são hipócritas, e o mundo pragmático. 

segunda-feira, 13 de março de 2017

BORDERLINE - As vezes me sinto uma aberração.

  Sabe aquele dia que você se sente tão pequena, tão desprezível,
insignificante, tão frágil,á ponto de você sentir o toque do vento te despedaçar 
por inteiro. Hoje me sinto assim, sinto que tudo foi arrancado de mim silenciosamente. 
Eu poderia gritar mas acho que ninguém me ouviria pois não tem mais nada á fazer.   
     A segunda maior dor do mundo é ser abandonada. E me doeu muito, e dói
saber que a pessoa que me pariu nunca vai me amar, e que me deixou ali,
como um livro em uma estante abandonada, sem utilidade alguma, me dói
saber que ela prefere amar o álcool, me dói ter a certeza que ninguém vai 
me amar, me dói saber que as vezes não tenho controle do meu corpo, que 
ele executa ações que não sei decidir. 
     Eu cresci confusa, já fui tantas e outras pessoas, alias, sou. Tenho várias
personalidades, já usei vários tipos de drogas (lícitas/ilícitas), já trepei com várias pessoas, 
homens, mulheres e ainda me mutilo em momentos de extrema tensão. Escrevo versos, poemas, poesias, cartas, tudo isso pra não sentir falta daquilo
que me deixou. Mas o buraco nunca irá se preencher, pois eu exijo muito da vida,
das pessoas, eu quero tudo e ao mesmo tempo não quero nada, meu humor 
oscila conforme meu contato com o mundo. Então decidir esperar a tal normalidade
ou algo assim. 

DESABAFO

Quando tudo estar vazio,
penso no abismo
que pode ser preenchido dentro de mim.
Ainda na busca não achei nada,
somente dor,
dor que corroeu e corroei,
dor que possui a alma,
dor que se tornou o outro eu.

Extraordinária vivendo uma vida
hipócrita e ordinária,
Queria ser como Pedrinho
que faz da vida tudo o que sempre sonhou,
que fala uma coisas que a gente nem pensou,
ao contrário, não sei fazer nada
nenhuma particularidade,
nenhuma qualidade.