sexta-feira, 3 de julho de 2015

Joguei todas as minhas expectativas

Quando algo não saem como eu criei , logo me questiono porque tudo parece dar errado somente pra mim ? SEMPRE ? E logo tive a resposta na mesa mais uma vez e entendo com clareza que Independente do que aconteça com você por mais doloroso e difícil que possa ser , no final, tudo termina, então pra que levar a vida na apreensão? Na correria? No desespero e na insegurança? Ás coisas não só acontecem, elas já são , no tempo e no seu espaço . Essa Realidade que cada vez que eu penso nela ela ganha outra forma , ela se transforma e fica cada vez mais consistente. A realidade não é matéria e muito menos palpável. Pra mim a realidade dispensa tudo o que sabemos. Realidade ta além do nosso eu e consciência. Falo por mim que a minha realidade é total sensorial! A maior das coisas é alcançada com um coração leve: Aprendi a deixar minha alma sorrir e berrar.

terça-feira, 23 de junho de 2015

" SO MUCH "

Nas palavras de Fernando Pessoa... sob Alvaro de campos... 

Não sei se a vida é pouco ou demais para mim.
Não sei se sinto de mais ou de menos, não sei
Se me falta escrúpulo espiritual, ponto-de-apoio na inteligência,
Consanguinidade com o mistério das coisas, choque
Aos contatos, sangue sob golpes, estremeção aos ruídos,
Ou se há outra significação para isto mais cômoda e feliz.

Seja o que for, era melhor não ter nascido,
Porque, de tão interessante que é a todos os momentos,
A vida chega a doer, a enjoar, a cortar, a roçar, a ranger,
A dar vontade de dar gritos, de dar pulos, de ficar no chão, de sair
Para fora de todas as casas, de todas as lógicas e de todas as sacadas,
E ir ser selvagem para a morte entre árvores e esquecimentos,
Entre tombos, e perigos e ausência de amanhãs,
E tudo isto devia ser qualquer outra coisa mais parecida com o que eu penso,
Com o que eu penso ou sinto, que eu nem sei qual é, ó vida.

Vi todas as coisas, e maravilhei-me de tudo,
Mas tudo ou sobrou ou foi pouco - não sei qual - e eu sofri. 
Vivi todas as emoções, todos os pensamentos, todos os gestos,
E fiquei tão triste como se tivesse querido vivê-los e não conseguisse. 
Amei e odiei como toda gente,
Mas para toda a gente isso foi normal e instintivo,
E para mim foi sempre a exceção, o choque, a válvula, o espasmo.

A intensidade e a dor da intensidade. O que pro mundo é normal, mas pra um boderline é sempre demais ou de menos.

TRANSTORNO DE PERSONALIDADE BORDERLINE ou DIGAMOS 8/80

Eu sou fracassada, tenho preguiça de viver e ligo para o que as pessoas pensam de mim, e para o que elas falam de mim. Eu sou confusa, mas não consigo lidar com pessoas confusas, e ás vezes, eu ajo de maneira egoísta, e sei disso. Eu prefiro as coisas feitas à minha maneira, embora se envolver outra pessoa, eu me sinto muito angustiada caso a minha maneira não seja a maneira dela mesmo que ela faça da minha maneira, porque eu gostaria que fosse verdadeira. Eu guardo rancores. Eu fujo da vida, e fujo das pessoas. Sou escorregadia, e, ás vezes, dissimulada. Eu até que gosto da minha situação de fracasso e desocupação, porque é confortável para alguém que não tem capacidade. Eu não tinha capacidade, ao menos, nenhuma capacidade inteira; sempre faltam pedaços. Eu tenho uma luta interna, provavelmente desde sempre, contra a parte da minha essência que eu aprendi ser algo fútil, porque eu não quero ser fútil, mas eu sou fútil. Eu sei que há pessoas mais bonitas estaticamente do que eu, e sofro com isso, por algum motivo que eu desconheço, e me sinto culpada por sofrer por isso. Eu me sinto culpada por muitos dos meus sofrimentos. Eu culpo outras pessoas, muitas vezes até distorcendo as situações, pelas coisas que eu me sinto culpada, porque eu preciso ser alguém que não se tem do que surpreender. Eu tenho uma necessidade muito forte de ser considerada uma pessoa admirável e desprovida de características que poderiam ser vistas como desprezíveis, e realmente sofro que, na realidade, eu não sou. Eu até tento não julgar as pessoas, afinal, não se deve julgar as pessoas, porque isto demonstra fraqueza e arrogância, mas eu não consigo deixar de julgar. Aliás, eu sou isso, eu sou fraca e arrogante, sou intolerante, e sou dissimulada. Provavelmente muitos dos meus “ defeitos “ se devem ao fato de que a bondade do meu coração é verdadeira, mas isto não me torna de fato uma pessoa boa, porque a bondade do meu coração não é a única coisa que me constitui. Ás vezes, eu de fato tenho vontade de machucar as pessoas, e consigo. Eu não me arrendo de machucar as pessoas. Se há algum sofrimento nisso, é o de eu sentir, por algum motivo, que preciso machucar as pessoas. E confesso também que não me sinto culpada por não me arrepender de machucar as pessoas. Eu não tenho argumentos. Muitas vezes, eu não raciocínio direito. Muitas vezes, eu faço coisas que sei que não deveria fazer, e que eu poderia fazer e ainda assim me defendo que eu não seria capaz de fazer o contrário, quando eu apenas não quero fazer o que eu deveria fazer. Ás vezes, eu manipulo as pessoas. São manipulações “ pequenas “, situações, com o intuito de me sentir confortável, ou não me sentir desconfortável. Eu quero que as pessoas se sintam compadecidas pela minha situação. Eu me satisfaço quando as pessoas se sentem assim.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

AUSÊNCIA DO NADA OU CRISE EMOCIONAL

Após certa ausência, tenho coisas importantes pra contar . Esta semana, a coisa andou feia, tive crises, quebrei coisas, gritei. Algo que me admirou bastante; era madrugada; e acho que me senti abandonada. Sempre me sinto abandonada talvez seja esta tempestade pela qual andei passando; só sei que eu não conseguia nem pensar durante esta crise, eram só sensações e, por não conseguir pensar, eu também não conseguia falar. Eu ria, eu chorava, eu parecia drogada.
A questão é que minha semana foi cheia destas coisas, e eu cada vez mais retraída, pensando que nada poderia me ajudar. Eu estava até começando a pensar que fosse um erro escrever. Pois, muito bem. De repente, eu entendi - de repente,  pois houve todo um processo de associação, compreensão e desenvolvimento da própria compreensão, que toda vez que jogo uma conquista minha no lixo, uma iniciativa minha no lixo, uma felicidade minha no lixo, ou mesmo minha raiva, minha tristeza, meus desejos, sempre pensando em 'onde determinado sentimento pode levar', pois: minha felicidade não anula minha dor, então ela é descartável; minhas conquistas não anulam minhas derrotas, portanto, de nada servem; minha raiva vai gerar atrito, o que vai me deixar vulnerável à intrusão do outro no meu 'eu', então seu lugar é o lixo; entre outros funcionamentos meus, todas estas vezes, estou jogando a Tádlla no lixo, arrancando um pedacinho meu, mantendo o buraco aberto, a ferida doendo, sem nunca cicatrizar
A dor é o que resta quando se tira tudo o que poderia começar a formar o "todo" almejado, o ego, o self sadio, ausência pela qual sofro e me lamento.
Cheguei à conclusão de que, através desta pequena e simples ação, posso ter um porto seguro, onde eu posso ser eu mesma, sem me preocupar com o que pensarão, com  o que falarão, se é certo ou errado, se é válido ou não - claro que é válido, é meu, eu sou alguém, e assim permitir que, enfim, meu ego se desenvolva e eu deixe de ser uma pessoa pela metade.

Há mais coisas que gostaria de contar,  sobre o que as lágrimas, raiva, medo, dor, tristeza já me trouxe, mas fica para a próxima. 

segunda-feira, 25 de maio de 2015

MEIO PSICÓTICA

Eu ia pela rua,
Ia por ela, e ela através de mim.
A rua e eu dançávamos tango.
Pela rua eu ia
E não parava nos faróis vermelhos
E nos verdes eu não seguia
Eu só ia, e à avenida me fundia.
Era noite
As luzes dos veículos e postes me atravessavam
Como se eu fosse a faixa, a passarela
E eu ia de encontro ao cruzamento.
Eu me perdia nas luzes
Como já me perdera do sol do dia
Pra me entregar à noite infinita
Dançar tango com a madrugada
E me tornar estrela
Apagada pela fumaça da metrópole.
E pela rua eu ia
E me fundia à noite
E de mim eu me esquecia.
E quando o Sol já se via
Eu nada mais enxergava
Eu era luz sem olhos
Eu era estrela
Era fumaça
O asfalto me era
E eu era mais.
Pois ao ir pela rua eu descobria
Que eu de mim eu escondia
Atrás de cortina nenhuma
Na frente da própria pupila.

domingo, 17 de maio de 2015

SOLITUDE: Pensamentos que te levam a " mutilação "

     Tenho a sensação de que as pessoas se cansaram de mim. Estou perdendo meus amigos, estou cada vez mais sozinha. Solidão. O vazio me corrói. Todos os dias, me desespero com meus pensamentos. Solidão, vazio, desespero. Tudo me invade e eu perco todas as minhas forças. Estou sem forças até pra chorar. Dor. Essa dor que sinto me rasga o coração. Eu não aguento mais. Solidão, vazio, desespero, dor. Minha mente me sabota, eu tenho medo de mim mesma. Não consigo mais me enfrentar. Solidão, vazio, desespero, dor, medo

A NORMALIDADE E O PENSAMENTOS DE " SUICÍDIO "

     Eu passei a infância toda sendo transformada e manipulada pela minha família e percebi que a normalidade é um transtorno como outro qualquer, só que altamente contagioso e incurável, e eu percebi que em minha vida não faltam razões pra me deprimir profundamente e eu sei que eu não sofro de emoções, sofro de retóricas.
     Eu nunca me dei bem com a VIDA e muito menos com a MORTE e por isso eu vivo com as duas, as vezes eu prefiro aqueles que se machucam do que aqueles que machucam os outros, e contrariamente do que as pessoas imaginam tenho motivos pra me machucar sim: 
1 - eu me corto porque é um alivio, não é pra manipular os outros, 
2- contrariamente ao que parece eu não me corto pra chamar atenção, 
3 - os cortes não são pra me matar embora haja risco de suicídio; principalmente se eu me sentir enjaulada. A gente faz as coisas e depois é nosso corpo que sente, tudo o que a gente faz fica marcado na nossa matéria, a gente deixa na pele o que a gente quer o que os outros vejam, e isso se resume em uma CRISE EXISTENCIAL, UMA DOR PROFUNDAMENTE PENETRÁVEL NA ALMA. O problema é eu sempre confundo o nada geral com o meu vazio.
       O bom da vida é quando você não tem nada a perder, quando se aceita que um dia ela acaba, o maior dom do homem é sua capacidade pro suicídio, se algo não serve a gente pode ir embora. Pra algumas pessoas a pior parte de um enterro é o fato delas não serem capazes de sentir nada; nenhuma emoção. Um suicídio pode ter exatamente tantos motivos quanto um ato de bondade, então onde está o problema ? No sentido talvez.
      Tirei a conclusão que sou uma versão atual do divino e do demoníaco, eu incorporo um principio dos dois. Quando eu corro as vezes eu tento me equilibrar naquela linha que divide a pista e eu corro com dificuldade porque eu não quero pisar fora da linha; não quero pisar nem de um lado nem do outro e ai eu imagino que essa linha é o topo de uma longa cadeia de montanhas, e que pra direita ou esquerda existe um abismo. Se você acredita que a vida se trata de uma linha desenhada em uma pista plana você fica calmo, seguro, mas se você pensar que você estar numa linha que divide dois abismos você começa a tremer porque você percebe que você estar constantemente correndo perigo de vida. Eu tenho consciência desse abismo, e tenho um problema de nascença de que eu nunca esqueça desse abismo, mas não sei se isso é demoníaco ou divido, ou humano.
     Não posso esquecer quem eu sou, sou filha do nada, eu sou um monstro disfarçada de ser humano.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

EU CAMINHEI

Meus pés eram puxados por cordas invisíveis
amarradas a um caminhão de coragem
meu corpo em ebulição de realidade,
toda vida em meus pulmões
se esvaindo a cada expirar
soprando pó de mim
ao mundo
que não devolve nem indeniza.
mas mesmo assim eu caminhei,
o caminhão era feito de cinzas de outras vezes,
era reciclado de mim.
E me encontrou me trouxe aqui,
e se desfez.
Eu continuo, mas há perigo
de que numa hora dessas as cinzas estejam dispersas demais
e o que reste de mim seja só um pó sem liga
espalhado pelas trilhas,
sem vida
sem cura
sem vento pra juntar no sopro,
sem nem vontade,
e essa frase curta esgote suas vírgulas
e aceite seu ponto final,
fazendo de um poema de superação
uma tagarelice banal.
Eu rejeito qualquer " afinal "
você, vá soprar em outro lugar.