domingo, 7 de fevereiro de 2016

O que é o amor: (para mim)

    No começo de uma frustração adolescente eu cheguei a pensar que isso não existia. Parei até de querer sentir emoções, fossem elas, alegria, dor, saudade, vontade de ver alguém, tudo isso eu preferia guardar num lugar frio de mim que me fazia esquecer rápido o que seria mais básico pra minha felicidade. Passou a dor da frustração número um, vieram a número dois, três e quatro, e nada era mais doloroso, era só pensar: chega vou embora, e eu ia numa boa, sem sentir tristeza nem falta da companhia de ninguém. Foram três anos. 
     Percebi que meu corpo sentia falta de atenção, afeto, sensações.. E decidi então que era hora de me permitir algumas coisas, tais como beijar, abraçar quem eu quisesse, mas eu não conseguia me apegar mais, num lugar mais intimo. Inconscientemente eu tinha uma lista secreta, e nela estava escrito algumas das sensações, adjetivos, que eu sentiria se eu encontrasse o que se chama por aí de amor. Em março de 2014 eu estava numa daquelas vibes de "amor livre", mas era mais de "putaria livre" que amor. E de repente numa dessas de liberdade meu coração parou por alguns segundos, um dia acordei e minha lista interna havia sido toda rasurada. Vi que o amor não segue nenhuma das regras que eu havia descrito, a não ser por uma frase.. Quando eu amar de verdade não vou sentir necessidade de ser completa por outra pessoa, mas eu estarei completa.
     E aconteceu. Escrevi poesia, desenhei olhos, tomei até um copo de vinho. Arrumei meu guarda roupa, coloquei o lenço mais bonito como turbante. Comprei uma carteira de marlboro vermelho e fumei sem pensar se aquilo me mataria um dia. Eu amei. Amo.
Foi difícil aceitar algumas condições de amar, porque não é como andar de ônibus, pagar um bilhete e ir para onde eu quero. Eu não pago por nada, tudo me é concedido, doado. Eu posso sim aonde eu quero, sozinha. Sem sentir falta de nada ou de ninguém.
Eu ainda estou aprendendo a aceitar o que eu sinto. É dificil mas gratificante. Se eu fosse dar outro nome ao amor seria generosidade.
A generosidade é algo que poucos doam de verdade, sem esperar nada em troca. O amor não é uma moeda, que você dá na espera de receber algo. É simples, não requer muitos atributos, nem riqueza.
É grande. Sensível e a cura.
Eu amo poder amar. Amo ainda mais ser útil de uma forma sutil.
Obrigada universo pelo que me foi concedido.
O amor contém muito de prazer, mas o prazer é momentâneo e o amor não. É pra sempre, e cabe a nós deixar que ele sempre prevaleça, ou ele pode ser sugado por outros sentimentos, como angustia, dor, desconfiança.. Mas se nós acreditarmos pra valer ele pode curar todas as patologias do nosso cérebro.
Obrigada, amor, eu te sinto feliz.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Pra Desespero do " DIABO ".

     Ás vezes acho que sou louca, e até sinto a loucura se apoderando de mim... mas a loucura é algo serio demais , pra ser tratada aqui de um modo tão leviano... acho que não existe mesmo palavra no dicionário pra definir o que sou, e isso pode até parecer definição certa , mas entenda como pura ausência de identidade. Mas esse não é mesmo o tempo em que descobrimos quem realmente somos...
Os livros na estante empoeirados, sempre a mesma musica triste tocando... é fácil perceber pedaços de sonhos pelo chão, pedaços de uma infância roubada, pedaços de um coração dilacerado, que diariamente sobrevive. Gosto de me arrumar a noite como se fosse sair, apesar de toda a certeza de que ficarei em casa como todas as noites. Essa é a pior hora do dia, porque já estou cansada de inventar desculpas para resistir, para sobreviver, para acompanhar o tempo que passa lentamente. Então pego uma folha em branco inutilmente, porque mesmo que eu pense qualquer coisa, a meu respeito ou a respeito da própria folha sei que ela permanecerá em branco. Me isolo num canto qualquer, e fico quieta, calada, enquanto as coisas lá fora acontecem. 
     A dor da solidão é horrível, o silêncio da casa me dá medo. Um medo que me protege, que me encoraja a continuar aqui. Nesse canto onde não há voz, onde não há respostas, onde tudo gira em torno de mim.

sábado, 9 de janeiro de 2016

Estou " PUTA "

Ego // Vai
                                           
ísmo//dade
   
Eu não sei mais o que fazer, não sei pra aonde devo ir. Estou cansada de tanta tristeza profunda que me reencontro, estou cansada de não ser nada, de esperar pelo o nada.
,pelo os outros, esperar pelo o tempo, o tempo que me angustia por que eu ainda não aprendi a controlar o meu tempo que passa rápido de mais. ODEIO O TEMPO.
    Racionalmente entendo que há " TEMPO " pra tudo, mas a questão é, será que devo acreditar nesse tempo ? tudo isso me deixa puta, porque sou daquele tipo de puta que vai atrás do que deixa todo mundo puto, mas ninguém se move pra resolver. Sou puta de verdade, daquelas que odeiam e ficam putas por esperarem demais dos outros. 
     Estou puta de raiva a ponto de perceber que o egoísmo acaba com tudo, até aquelas amizades que giram em torno do tempo, daí eu fico puta comigo mesma, puta porque sei que a vaidade corrói TUDO, eu até tento não julgas as pessoas, afinal, não se deve julgar as pessoas, porque isso demonstra fraqueza e arrogância, sou puta, intolerante, e confesso que as vezes de fato eu tenho vontade de machucar as pessoas, e eu não tenho argumento pra tal atitude, muitas vezes eu não raciocínio direito, pelo fato de eu estar sempre puta com tudo e sobre o nada em geral, porque fujo da vida, sou escorregadia e as vezes dissimulada.

      Sempre me disseram que com o tempo eu me sentiria melhor, que não há nada que o tempo curre, bem, ou minha noção de tempo está equivocada ou não há mais nada pela espera do tempo. Nesse TEMPO que vivo já me reinventei diversas vezes, já me refiz, já me aniquilei, me mutilei, já chorei e no entanto a única conclusão a que cheguei é que existem marcas que sempre estarão comigo, pra que eu sempre lembre, pra que simplesmente eu não esqueça que EU SEMPRE VOU FICAR PUTA.