sexta-feira, 19 de junho de 2015

AUSÊNCIA DO NADA OU CRISE EMOCIONAL

Após certa ausência, tenho coisas importantes pra contar . Esta semana, a coisa andou feia, tive crises, quebrei coisas, gritei. Algo que me admirou bastante; era madrugada; e acho que me senti abandonada. Sempre me sinto abandonada talvez seja esta tempestade pela qual andei passando; só sei que eu não conseguia nem pensar durante esta crise, eram só sensações e, por não conseguir pensar, eu também não conseguia falar. Eu ria, eu chorava, eu parecia drogada.
A questão é que minha semana foi cheia destas coisas, e eu cada vez mais retraída, pensando que nada poderia me ajudar. Eu estava até começando a pensar que fosse um erro escrever. Pois, muito bem. De repente, eu entendi - de repente,  pois houve todo um processo de associação, compreensão e desenvolvimento da própria compreensão, que toda vez que jogo uma conquista minha no lixo, uma iniciativa minha no lixo, uma felicidade minha no lixo, ou mesmo minha raiva, minha tristeza, meus desejos, sempre pensando em 'onde determinado sentimento pode levar', pois: minha felicidade não anula minha dor, então ela é descartável; minhas conquistas não anulam minhas derrotas, portanto, de nada servem; minha raiva vai gerar atrito, o que vai me deixar vulnerável à intrusão do outro no meu 'eu', então seu lugar é o lixo; entre outros funcionamentos meus, todas estas vezes, estou jogando a Tádlla no lixo, arrancando um pedacinho meu, mantendo o buraco aberto, a ferida doendo, sem nunca cicatrizar
A dor é o que resta quando se tira tudo o que poderia começar a formar o "todo" almejado, o ego, o self sadio, ausência pela qual sofro e me lamento.
Cheguei à conclusão de que, através desta pequena e simples ação, posso ter um porto seguro, onde eu posso ser eu mesma, sem me preocupar com o que pensarão, com  o que falarão, se é certo ou errado, se é válido ou não - claro que é válido, é meu, eu sou alguém, e assim permitir que, enfim, meu ego se desenvolva e eu deixe de ser uma pessoa pela metade.

Há mais coisas que gostaria de contar,  sobre o que as lágrimas, raiva, medo, dor, tristeza já me trouxe, mas fica para a próxima. 

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