Eu ia pela rua,
Ia por ela, e ela através de mim.
A rua e eu dançávamos tango.
Ia por ela, e ela através de mim.
A rua e eu dançávamos tango.
Pela rua eu ia
E não parava nos faróis vermelhos
E nos verdes eu não seguia
Eu só ia, e à avenida me fundia.
E não parava nos faróis vermelhos
E nos verdes eu não seguia
Eu só ia, e à avenida me fundia.
Era noite
As luzes dos veículos e postes me atravessavam
Como se eu fosse a faixa, a passarela
E eu ia de encontro ao cruzamento.
As luzes dos veículos e postes me atravessavam
Como se eu fosse a faixa, a passarela
E eu ia de encontro ao cruzamento.
Eu me perdia nas luzes
Como já me perdera do sol do dia
Pra me entregar à noite infinita
Dançar tango com a madrugada
E me tornar estrela
Apagada pela fumaça da metrópole.
Como já me perdera do sol do dia
Pra me entregar à noite infinita
Dançar tango com a madrugada
E me tornar estrela
Apagada pela fumaça da metrópole.
E pela rua eu ia
E me fundia à noite
E de mim eu me esquecia.
E me fundia à noite
E de mim eu me esquecia.
E quando o Sol já se via
Eu nada mais enxergava
Eu era luz sem olhos
Eu era estrela
Era fumaça
O asfalto me era
E eu era mais.
Eu nada mais enxergava
Eu era luz sem olhos
Eu era estrela
Era fumaça
O asfalto me era
E eu era mais.
Pois ao ir pela rua eu descobria
Que eu de mim eu escondia
Atrás de cortina nenhuma
Na frente da própria pupila.
Que eu de mim eu escondia
Atrás de cortina nenhuma
Na frente da própria pupila.
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