segunda-feira, 13 de março de 2017

BORDERLINE - As vezes me sinto uma aberração.

  Sabe aquele dia que você se sente tão pequena, tão desprezível,
insignificante, tão frágil,á ponto de você sentir o toque do vento te despedaçar 
por inteiro. Hoje me sinto assim, sinto que tudo foi arrancado de mim silenciosamente. 
Eu poderia gritar mas acho que ninguém me ouviria pois não tem mais nada á fazer.   
     A segunda maior dor do mundo é ser abandonada. E me doeu muito, e dói
saber que a pessoa que me pariu nunca vai me amar, e que me deixou ali,
como um livro em uma estante abandonada, sem utilidade alguma, me dói
saber que ela prefere amar o álcool, me dói ter a certeza que ninguém vai 
me amar, me dói saber que as vezes não tenho controle do meu corpo, que 
ele executa ações que não sei decidir. 
     Eu cresci confusa, já fui tantas e outras pessoas, alias, sou. Tenho várias
personalidades, já usei vários tipos de drogas (lícitas/ilícitas), já trepei com várias pessoas, 
homens, mulheres e ainda me mutilo em momentos de extrema tensão. Escrevo versos, poemas, poesias, cartas, tudo isso pra não sentir falta daquilo
que me deixou. Mas o buraco nunca irá se preencher, pois eu exijo muito da vida,
das pessoas, eu quero tudo e ao mesmo tempo não quero nada, meu humor 
oscila conforme meu contato com o mundo. Então decidir esperar a tal normalidade
ou algo assim. 

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